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Malta, Viagem

Mdina, a antiga capital de Malta

Infos e dicas sobre um dos passeios mais interessantes para se fazer em Malta.

Uma das paisagens que mais apreciei em Malta nada tem a ver com o mar, apesar de estarmos falando de um país insular. Trata-se de Mdina, antiga capital do país, a cidade murada que pode ser vista km’s longe ainda na estrada. Sem dúvida um dos passeios que mais gostei de fazer, e que recomendo muito (com algumas dicas para que seja, digamos, mais agradável).

Durante a Idade Média (antes da Ordem de Malta surgir), o governo e outras administrações se instalaram ali. Chamava-se então “Citta Notabile”, a cidade nobre. Quando a Ordem chegou, os cavaleiros decidiram que precisavam estar perto de seus navios e Valletta (falei dela neste post aqui) se tornou a nova capital.

Também chamada de “Cidade Silenciosa”, Mdina é uma cidade fortificada muito procurada pelos turistas por seu charme e ruas tranquilas. Ideal para percorrer a pé e sem pressa. Localizada no topo de uma colina no centro de Malta, é uma das cidades com muralhas mais bem preservadas da Europa.

Breve história de Mdina

Mdina foi fundada pelos fenícios que povoaram Malta em 700 a.C. Devido à sua localização estratégica em uma colina longe do mar, essa cidade murada foi a capital de Malta até o ano de 1530. Durante o período romano, foi rebatizada como “Citta Vecchia”.

Acredita-se que quando o apóstolo São Paulo naufragou em Malta, ele se estabeleceu em Mdina e começou a expandir o catolicismo de lá para toda a ilha.

Ao longo de sua história, Mdina foi habitada por fenícios, romanos, árabes e pelos Cavaleiros da Ordem, que construíram a maioria dos edifícios que permanecem lá até hoje. No entanto, a estrutura urbana do local corresponde ao traçado típico das cidades árabes, com ruas estreitas que se entrelaçam entre si.

Atualmente, aproximadamente 3.000 pessoas vivem em Mdina, mas a ausência de veículos privados e ônibus fazem com que a cidade seja conhecida como a Cidade Silenciosa. Visitar Mdina é descobrir uma das melhores joias do patrimônio de Malta para sentir a tranquilidade e a intimidade que predominam em suas ruas.

O que ver em Mdina

  • Catedral de São Paulo: esta igreja barroca foi reconstruída pelos Cavaleiros da Ordem após um terremoto e hoje é um dos edifícios mais emblemáticos do centro de Mdina. Além do templo, é possível visitar o museu e as catacumbas. Todas as informações para a visita estão disponíveis no site oficial da catedral, em inglês: https://www.metropolitanchapter.com/
  • Palácio Vilhena: é o primeiro grande edifício que você encontrará ao cruzar as portas de Mdina. Uma grande cruz de Malta esculpida no pátio antecede este belo edifício barroco onde hoje funciona o Museu de História Natural.
  • Palazzo Falson: provavelmente o edifício medieval mais bem conservado de Malta. No interior, abriga uma biblioteca com volumes históricos. Construído no século 13, está situado no coração da cidade medieval de Mdina. Foi a casa do capitão Olof Frederick Gollcher (1889-1962), que era um artista, soldado, colecionador e filantropo. Informações para visita no site oficial: https://www.palazzofalson.com/
  • Muralhas: a parte mais característica de Mdina são as suas muralhas. É uma cidade fortificada desde a sua fundação, e seus muros de segurança foram reconstruídos várias vezes. Inclusive pelo Império Bizantino por volta do século 8 d.C., pelos árabes por volta do século 11 e pelo Reino da Sicília no período medieval até o século 15. A maior parte das fortificações existentes atualmente foram construídas pela Ordem de São João, entre os séculos 16 e 18. A cidade resistiu a vários cercos e foi derrotada duas vezes – primeiro pelos Aghlabidis em 870 e depois pelos rebeldes malteses em 1798.

Considero que o mais fascinante de Mdina é se perder no labirinto de ruas do seu centro histórico e visitar as lojas de artesãos locais que trabalham com vidro. Entre as dicas essenciais, recomendo que visite a cidade no horário mais cedo do dia (para evitar grandes grupos de turistas e o calor intenso).

Sobre restaurantes e afins: um café no local pode ser interessante, mas a melhor refeição está seguramente em Rabat (cidade que circunda Mdina, extra-muros). Mas sobre dicas de onde comer e beber falarei em outro post.

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