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Alemanha, Viagem

Trier, na Alemanha, cidade fundada pelos romanos

Seguindo com nossa viagem pela Alemanha, dia de conhecer a cidade de Trier, na fronteira de Luxemburgo.

Creio que demorei demais para conhecer Trier, na Alemanha, considerabdi sua importância histórica e proximidade com a Bélgica. Confesso que por muitos anos me deixei influenciar por quem não considerava este um destino digno de planos.

Mas este ano, querendo viajar em algum lugar próximo, me despi de preconceitos e tracei meus planos. Claro que com a baby (mais o calor que nenhum dos 3 aqui em casa tolera), não exploramos a cidade com a atenção que merece. Mas deixo como dica super válida para quem tiver planos e quiser circular pela região.

De uma forma geral, digo que gostei, achei uma cidade bem interessante e lmovimentada. Conheça abaixo Trier, na Alemanha, para seguir por nossa viagem.

Trier, na Alemanha, cidade fundada pelos romanos

Breve história de Trier, na Alemanha

 Cidade fundada às margens do Rio Mosel, encontra-se em um vale entre colinas cobertas de videiras, no oeste da região da Renânia. Fundada pelos romanos no final do século 1 a.C. como Augusta Treverorum, Trier é considerada a cidade mais antiga da Alemanha.

Na imagem, ponte cuja base foi construída nos primeiros anos da fundação da cidade pelo Império Romano.

Trier foi uma das quatro capitais do Império Romano Tetrarquia, período no final do século 3 e início do século 4. Na Idade Média, o arcebispo local foi um importante príncipe da igreja, que controlava a fronteira com a França via Rio Reno. Ele também teve grande importância como um dos sete eleitores do Sacro Império Romano, por isso a cidade possui muitos monumentos importantes para a religião católica.

Os primeiros vestígios de assentamento humano na área da cidade mostram evidências de cerâmica que datam desde o início do período neolítico. Desde o século 1 a.C. membros de tribos Celtas já haviam se estabelecido no local.

O nome da cidade a distinguia de muitas outras do Império Romano, pois honrava o imperador Augusto. Mais tarde, a cidade se tornou a capital da Província de Gália Belga (sim, ela vinha até o mar, e incluía toda a Bélgica e daí vem o nome do país). No século 4, Trier foi uma das maiores cidades do Império Romano, com uma população de cerca de 75 a 100 mil habitantes.

A Porta Nigra, principal monumento da cidade, data desta época. Em algum momento entre 395 e 418, a administração romana mudou a administração de Trier para Arles, na França. A cidade continuou a ser habitada, mas não era tão próspera como antes. No entanto, permaneceu sendo a sede de um governador e tinha fábricas estaduais para a produção de armaduras e uniformes de lã para tropas e funcionários públicos do Império Romano.

Em 870, Trier tornou-se parte do Sacro Império Romano. Relíquias de São Matias (o apóstolo que recebeu o grande privilégio de ser agregado aos Doze, tomando o lugar vago deixado pela deserção de Judas Iscariotes), fazendo com que a cidade se torne-se um importante destino de peregrinação católica.

Pulando vários séculos de história, pode-se dizer que Trier possui grande importância história, religiosa e turística da Alemanha. Imperadores romanos, bispos e pessoas comuns fizeram da cidade o que ela é hoje. Uma série de monumentos arquitetônicos de classe mundial – muitos dos quais têm o status de Patrimônio Mundial da UNESCO – e tesouros artísticos foram preservados e contam histórias comoventes de tempos passados.

A Porta Nigra, o Anfiteatro e os famosos Banhos Imperiais, onde os romanos iam relaxar, testemunham a extensa herança clássica de Trier. Edifícios medievais, como a Catedral de São Pedro – a igreja mais antiga da Alemanha – e a Igreja de Nossa Senhora, do estilo gótico primitivo, também são profundamente impressionantes.

O que ver e fazer em Trier

  • Porta Nigra

Construída a partir de 170 d.C. , a Porta Nigra é a parte sobrevivente dos 4 portões de acesso a cidade – e um dos mais bem preservados de todo o norte da Europa. E bem por isso é uma das principais atrações turísticas de toda a Alemanha. Não se sabe ao certo o nome deste portão no período dos romanos, mas é assim nominada desde o século 11 por conta da coloração que esta construção de arenito adquiriu.

Para ser ter uma ideia da real dimensão da construção recomendo entrar e circular pela parte interna. Um “centurião romano” faz o trabalho de guia, e os ingressos são super acessíveis – 4 euros para adultos. Todas as infos sobre horários de funcionamento no link: https://www.trier-info.de/en/places-of-interest/porta-nigra

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  • Catedral de São Pedro e Igreja de Nossa Senhora

Estas duas igrejas históricas e magníficas estão conectadas e podem ser visitadas normalmente e de forma gratuita. Ambas tem mais de 1700 anos ( esta é a catedral mais antiga da Alemanha) e sua arquitetura é objeto de estudo até hoje.

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  • Praça Hauptmarkt

O coração da cidade, local ideal para apreciar a arquitetura tradicional de Trier. Entre os meses de março e novembro, tem uma atração extra: uma barraca de vinho, que atrai muitos locais e turistas. Não esperava nada menos para uma cidade que faz tours históricos regados a vinho, tem caves com vários séculos de existência. Esta é uma importante região produtora de vinho e as encostas da cidade são repletas de videiras.

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  • Termas Imperiais (Kaiserthermen)

Como toda cidade romana, Trier no período do Império Romano possuía termas – locais de socialização (além de cuidados de beleza e saúde). Além das Termas Imperiais – com acesso pago – é possível visitar as Termas Barbara (acesso gratuito) e as Termas do Fórum (estas descobertas apenas em 1987).

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  • Anfiteatro Romano de Trier

Um dos vários monumentos preservados do período romano na cidade, e um dos elementos importantes da sociedade daquele período. Pode ser visitado normalmente e tem uma bela vista dos vinhedos locais.

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  • Basílica de Constantino (também conhecida como Aula Paulatina)

Construída em 310, foi quase que completamente destruída na Segunda Guerra Mundial. Hoje é uma igreja protestante. Foi contruída por Constantino e era um Palácio, onde residiam os bispos. Depois de reformada, não ganhou os detalhes que continha antigamente, mas em uma das suas laterais é possível ver que era toda revestida, e não de tijolo a vista como vemos hoje.

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  • Museu Arqueológico de Trier (Rheinisches Landesmuseum Trier)

Esse museu super antigo, foi fundado em 1877, com sua sede (em funcionamento até hoje) sendo construída na década seguinte ao lado da Basílica de Constantino. Desde a criação do museu, tem sido ativo no campo de escavações arqueológicas e pesquisa.

Muitos dos artefatos na coleção do museu foram escavados pela sua própria equipe. O raio de sua pesquisa científica é a cidade de Trier e seus arredores mais amplos, que inclui mais de 10.000 sítios arqueológicos que já são conhecidos. Por esse motivo, recomendo a visita.

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  • Abadia de São Matheus

Nesta abadia de um mosteiro beneditino está o túmulo do apóstolo Mateus – seus restos mortais encontram-se neste local desde o século 12. Por isso é um local de intensa peregrinação.

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  • Wine Experience

Por ser uma região vinícola bem tradicional da Alemanha, Trier possui muitas opções para quem gosta de uma wine experience. Todas as opções turísticas para quem visita a cidade com o objetivo de degustar os vinhos locais podem ser conferidas neste site aqui: https://www.trier-info.de/en/wine-experience

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Para se hospedar em Trier na Alemanha

Como sempre, reservamos pelo Booking e nos hospedamos nesse hotel, com vista maravilhosa da cidade e do Rio Mosel. Mas se você gosta de circular a pé, recomendo procurar por opções mais centrais.

Onde ficar: Berghotel Kockelsberg

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Para outros posts com dicas da Alemanha, acesse este link: Alemanha

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